Vodafone anuncia acordo para compra da Nowo

Este processo está pelos vistos fechado Vodafone não pode comprar a Nowo é um ponto final no assunto.
O que resta saber é o que a MásMóvil vai fazer com a operadora em Portugal. Fecha tudo, vai vender as operações por completo, vende parte das operações, redes de fibra e HFC, licenças do expectro do 5G no móvel, carteira de clientes móvel e fixo, a vários operadores. São estes os unicos pontos que intetessam saber sobre o possível futuro da empresa.
 
O modelo que o regulador tentou impor é um falhanço brutal, aos dias de hoje continuar a defender esse modelo é inexplicável.
O leilão do 5G?

A principal crítica ao leilão foi o atraso enorme do leilão… com a Altice constantemente a criticar a ANACOM.

No fim viu-se que a NOS já há muito se tinha preparado e estava logo pronta a lançar as operações…

Já a Altice quase nada tinha feito ou preparado quando acabou o leilão…

Além disso, o leilão trouxe operadores como a DIGI. Só por isso já teve mérito.

Os outros argumentos a favor do leilão conheces, uma vez que já devemos os dois ter discutido desde 2020 esse assunto centenas de vezes.

Excluindo o complicado caso jurídico da Dense Air, o leilão a meu ver foi um sucesso.

E repara que mesmo na situação da Dense Air foram decisões da ANACOM que despoletaram que se visse agora obrigada a abdicar de espetro…

Por último, quando dizes que é disparatado o modelo da ANACOM por causa também do espetro da Nowo, não sabemos onde vai parar esse espetro. É sempre possível uma nova empresa de telecomunicações… Ou um novo leilão ou a cedência autorizada à DIGI.
Aqui a culpa disso não é da ANACOM. Mas sim das más opções da empresa que o comprou, neste caso a Nowo. Vamos imaginar: Se a Vodafone agora viesse dar prejuízo e deixasse de investir na rede e desprezasse o espetro, isso era problema da ANACOM? Não! Isso seria culpa dos responsáveis da empresa
Se a AdC considera assim tão nefasto o negócio, mesmo depois do comprador se comprometer inclusive a não só manter as ofertas da Nowo como alargar a novas zonas geográficas, então este negócio não devia ter sequer passado da primeira fase e a AdC devia deixar-se deste faz de conta.
A AdC simulou o modelo e considerou que mesmo assim estava em causa a concorrência e isso prejudicaria os clientes, dado o nível de concentração que se criaria.

Coisa que não existe se a rede for vendida a um terceiro que não seja um operador instalado, que parece o caminho para o qual a AdC aponta naquele comentário abstrato à situação de empresas como a Nowo
 
Última edição:
Prefiro um regulador que regule do que o que acontecia anteriormente em que os regulados é que regulavam o regulador.
Sou consumidor, não sou acionista nem revendedor nem agente nem fornecedor e muito menos funcionário direto dos operadores.

Neste negócio, sem ter acesso ao projeto de decisão, não há muito a discutir. Apenas opiniões.
 
Sinceramente preferia que a DIGI comprasse a NOWO. Ficavam com as infastruturas existentes, podendo depois migrar os clientes de rede HFC para FTTH. No movel numa 1ª fase continuavam as operações como MVNO e depois passavam para a própria rede móvel construida pela Digi. Começavam já com a carteira de clientes que a Nowo já tem (cerca de 100 mil no fixo e 200 mil no móvel). Já começavam a receber algum ainda sem terem toda a infraestrutura montada.
 
O leilão do 5G?

A principal crítica ao leilão foi o atraso enorme do leilão… com a Altice constantemente a criticar a ANACOM.

No fim viu-se que a NOS já há muito se tinha preparado e estava logo pronta a lançar as operações…

Já a Altice quase nada tinha feito ou preparado quando acabou o leilão…

Além disso, o leilão trouxe operadores como a DIGI. Só por isso já teve mérito.

Os outros argumentos a favor do leilão conheces, uma vez que já devemos os dois ter discutido desde 2020 esse assunto centenas de vezes.

Excluindo o complicado caso jurídico da Dense Air, o leilão a meu ver foi um sucesso.

E repara que mesmo na situação da Dense Air foram decisões da ANACOM que despoletaram que se visse agora obrigada a abdicar de espetro…

Por último, quando dizes que é disparatado o modelo da ANACOM por causa também do espetro da Nowo, não sabemos onde vai parar esse espetro. É sempre possível uma nova empresa de telecomunicações… Ou um novo leilão ou a cedência autorizada à DIGI.
Aqui a culpa disso não é da ANACOM. Mas sim das más opções da empresa que o comprou, neste caso a Nowo. Vamos imaginar: Se a Vodafone agora viesse dar prejuízo e deixasse de investir na rede e desprezasse o espetro, isso era problema da ANACOM? Não! Isso seria culpa dos responsáveis da empresa

A AdC simulou o modelo e considerou que mesmo assim estava em causa a concorrência e isso prejudicaria os clientes, dado o nível de concentração que se criaria.

Coisa que não existe se a rede for vendida a um terceiro que não seja um operador instalado, que parece o caminho para o qual a AdC aponta naquele comentário abstrato à situação de empresas como a Nowo

Os atos regulatórios não podem ser vistos de forma isolada mas em contexto.

Trouxe a Digi (que ninguém sabe na verdade se vai ser o tsunami que se diz ir ser, e que em Espanha não é).
Mas por outro lado empurrou um player já com operação para fora do país.
Manteve outro player zombie...

Se isto é uma vitória, acho que é uma vitória muito subjectiva.

Sim se algum operador tem prejuízo em todo ou em parte por motivo regulatórios isso é uma problema também do regulador (claro que a Nowo já tinha problemas, mas os atos regulatórios também têm a sua parte de culpa).

A AdC simulou com base em que pressupostos? É que o operador dá a entender que os pressupostos da avaliação estão simplesmente errados...

A questão com a venda a terceiro é que a existirem são fundos... A Nowo já passou por aí, várias vezes. E francamente consegues enumerar 2 ou 3 bons exemplos de operadores de comunicações detidos por fundos?
 
Mas por outro lado empurrou um player já com operação para fora do país.
Falas da MásMóvil? Não chamaria a isso um player nesse contexto. É um acionista, o dono de um dos operadores.

Nada impede que o operador mude de mãos.

Por exemplo, quando a PT teve de ser vendida à Altice falou-se em grande catástrofe. Mas grande catástrofe na altura não foi para a PT… A PT viu-se livre de acionistas que naquele momento só a estavam a prejudicar e que se enredavam em negociatas. Mas o player PT/MEO não deixou de existir
se algum operador tem prejuízo em todo ou em parte por motivo regulatórios isso é uma problema também do regulador
Os prejuízos não são por motivos regulatórios… São por opções do próprio operador. O facto de as regras que a ANACOM estabeleceu não serem do agrado do operador… é a vida… o operador está sujeito às regras. Os outros operadores subsistiram e nunca saberemos se era preferível continuarmos com a Nowo ou se é melhor termos a DIGI em vez da Nowo. Inclino-me para a segunda, mas ainda é cedo para percebermos isso
AdC simulou com base em que pressupostos?
Isso não é público, mas espero como regulador independente que tenha feito bem o seu trabalho… Mas na realidade… não sabemos muito mais que isto.

Só é público que simulou e que das várias simulações resultou que era prejudicial uma venda à Vodafone
E francamente consegues enumerar 2 ou 3 bons exemplos de operadores de comunicações detidos por fundos?
Tens vários indiretamente controlados por fundos. Basta estar no mercado de ações para poder ser detido e controlado por fundos.

Concordo que não é o cenário ideal mas não tenho preconceitos a esse nível.
 
Falas da MásMóvil? Não chamaria a isso um player nesse contexto. É um acionista, o dono de um dos operadores.

Nada impede que o operador mude de mãos.

Por exemplo, quando a PT teve de ser vendida à Altice falou-se em grande catástrofe. Mas grande catástrofe na altura não foi para a PT… A PT viu-se livre de acionistas que naquele momento só a estavam a prejudicar e que se enredavam em negociatas. Mas o player PT/MEO não deixou de existir
Não são situações parecidas em nada. A PT tinha um comprador que foi aceite. A Nowo tem um comprador que está a ser rejeitado e o dono já colocou em cima da mesa simplesmente cessar operações. Esse cenário nunca esteve em cima da mesa com a PT.
Os prejuízos não são por motivos regulatórios… São por opções do próprio operador. O facto de as regras que a ANACOM estabeleceu não serem do agrado do operador… é a vida… o operador está sujeito às regras. Os outros operadores subsistiram e nunca saberemos se era preferível continuarmos com a Nowo ou se é melhor termos a DIGI em vez da Nowo. Inclino-me para a segunda, mas ainda é cedo para percebermos isso
Claro que têm influência da regulação, se o regulador distorce o mercado forçando a entrada de novos players, é parcialmente responsável que 1 ou mais players possam não resistir.
Isso não é público, mas espero como regulador independente que tenha feito bem o seu trabalho… Mas na realidade… não sabemos muito mais que isto.

Só é público que simulou e que das várias simulações resultou que era prejudicial uma venda à Vodafone
Pois eu não tenho a mesma fé que tu.
Tens vários indiretamente controlados por fundos. Basta estar no mercado de ações para poder ser detido e controlado por fundos.

Concordo que não é o cenário ideal mas não tenho preconceitos a esse nível.
Enumera 2 ou 3 qeu sejam efectivamente controlados por fundos.
 
@nipnip tens vários casos por todo o mundo. Como pediste controlo direto, exemplos: https://www.prnewswire.com/news-rel...nications-provider-in-nebraska-300668669.html

https://www.insidermedia.com/news/south-east/pe-backed-tech-firm-expands-with-latest-buy

E nem faz muito sentido esta discussão no caso português quando sempre vi a Altice por exemplo no financial times sempre citada como um fundo especializado, ou a KKR que tem relação com a própria Nowo

E também não concordo com a premissa inicial. Claro que para os avultados investimentos numa possível rede móvel poderia ser um fundo mas pode ser uma grande empresa com capital disponível, as mais típicas até são grandes empresas na área da comunicação ou entretenimento. Vivemos no mercado aberto europeu, tudo pode acontecer

E há outras possibilidades, devolução do espetro e sujeição a novo leilão, cedência à DIGI, continuar só como MVNO e aí até poderia ser uma empresa portuguesa com menos capital interessada a adquirir isto
Não são situações parecidas em nada. A PT tinha um comprador que foi aceite. A Nowo tem um comprador que está a ser rejeitado e o dono já colocou em cima da mesa simplesmente cessar operações. Esse cenário nunca esteve em cima da mesa com a PT.
Não disse que eram parecidas. Dei só aquele exemplo para te explicar porque é que eu não acho que a Másmóvil fosse bem um player no contexto da tua frase… O player é a Nowo. O acionista/dono é que vai variando.
Claro que têm influência da regulação, se o regulador distorce o mercado forçando a entrada de novos players, é parcialmente responsável que 1 ou mais players possam não resistir.
As regras que os estados, os parlamentos e os reguladores aprovam são, sim, responsáveis pelo aparecimento e pelo desaparecimento de muitas empresas constantemente. As empresas têm de se saber adaptar à realidade.

Se é nesse sentido que estás a dizer, sim. É verdade. Percebo onde queres chegar. Mas isso acontece em todo o lado.

E essas decisões podem não ser no interesse de um player mas ser no interesse do mercado e dos cidadãos.
 
@RRJoao um player do nebraska e um pequeno player no reino unido... pensei que havia exemplos de relevo. Lamento mas não há, a nowo já o provou e o mercado internacional também.

A Altice um fundo especializado? A altice é um player da indústria.

Estou esclarecido.

Parece-me pouco provável que os consumidores saiam beneficiados quando um regulador rejeita que as tais propostas tão vantajosas para o mercado sejam alargadas a um maior leque de clientes.

Mas ok, considero-me esclarecido.
 
A Altice um fundo especializado?
Mas era assim que sempre foi referida a Altice quando apareceu em Portugal e no Financial Times ainda hoje é por vezes
pensei que havia exemplos de relevo. Lamento mas não há, a nowo já o provou e o mercado internacional também.
Pediste de controlo direto. Encontrei vários outros exemplos, e abundam os casos de controlo indireto, mas se queres exemplos muito maiores não tens. Tens operadores médios-pequenos… olha, que é o caso da Nowo… um operador pequeno…

Mas essa ideia do fundo foi uma ideia que tu trouxeste à baila porque já eu não restrinjo isso a fundos. As empresas de telecomunicações europeias não são só detidas umas pelas outras, por grandes empresas de telecomunicações. São muitas vezes detidas por outras grandes empresas ou grupos grandes de empresas que nada têm a ver com telecomunicações.

Essa ideia que só pode ser vendida a outro operador ou a um fundo como expliquei no post anterior é restritiva.

Acho que é nesse sentido que vai a ideia da AdC. Pode ser qualquer empresa com capital
 
Mas era assim que sempre foi referida a Altice quando apareceu em Portugal e no Financial Times ainda hoje é por vezes

Pediste de controlo direto. Encontrei vários outros exemplos, e abundam os casos de controlo indireto, mas se queres exemplos muito maiores não tens. Tens operadores médios-pequenos… olha, que é o caso da Nowo… um operador pequeno…

Mas essa ideia do fundo foi uma ideia que tu trouxeste à baila porque já eu não restrinjo isso a fundos. As empresas de telecomunicações europeias não são só detidas umas pelas outras, por grandes empresas de telecomunicações. São muitas vezes detidas por outras grandes empresas ou grupos grandes de empresas que nada têm a ver com telecomunicações.

Essa ideia que só pode ser vendida a outro operador ou a um fundo como expliquei no post anterior é restritiva.

Acho que é nesse sentido que vai a ideia da AdC. Pode ser qualquer empresa com capital
Não é restritiva, é a realidade.

Quando surgiu o interesse da vodafone os outros únicos interessados eram... fundos!

Achas que é hoje, com a nowo numa situação ainda mais precária, que existem interessados de maior relevo?
 
Quando surgiu o interesse da vodafone os outros únicos interessados eram... fundos!
Parece que dizes isso com desdém. Quer dizer, na lista dos 23 interessados pela Altice Portugal também vês uma série de fundos, ou fundos /gestores de ativos ligados às telecomunicações. Não tenho esse preconceito

Se vier o fundo, venha o fundo. É preciso é que coloquem gente capaz à frente da empresa e que esteja disposta a ficar com esta uns tempos e não virada para o lucro fácil.

Mas eu de qualquer forma entendo o que dizes: o que tu estás a dizer é que se vier fundo a empresa nunca crescerá… Não tenho a certeza disso, nem sei do que estamos a falar ao certo.

Eu se comprasse a Nowo provavelmente começaria por fechar a rede HFC (se está dá assim tanto prejuízo!) e fixava-me na venda em cima de rede de terceiros (MVNO e no limite na rede DST).

Dentro da Nowo certamente estarão mais bem informados sobre que segmentos do negócio dão prejuízo e quais dão lucro.
Achas que é hoje, com a nowo numa situação ainda mais precária, que existem interessados de maior relevo?
Todos os cenários estão em aberto. Podem não ter interessa na Nowo mas nos ativos desta ou no negócio MVNO e na carteira de clientes (voltando a esta questão, a Vodafone é que tem interesse na carteira de clientes)

Como digo, acho difícil haver grande interesse na rede fixa HFC. Nem a Vodafone tinha interesse…
 
@RRJoao Não é com desdem nem sem desdém... O cenário de um accionista não industrial pegar na nowo e fazê-la crescer é próximo de zero. A experiência da própria nowo e do mercado no geral é isso que nos diz.

Claro que a altice tem fundos interessados porque é neste momento uma Cash cow. Não é porque os fundos a querem fazer ainda maior.
 
Tem na carteira de clientes e na rede fixa, mas sim concordo no geral. Estou à espera do comunicado oficial da Nowo, até lá só serão especulações.A Altice Portugal é um produto apetecível porque gera imenso lucro e teve um Boom fantástico reconhecido internacionalmente. O mérito da casa mãe que investiu muito e está a ter retorno.
 
Última edição:
Tem na carteira de clientes e na rede fixa, mas sim concordo no geral. Estou à espera do comunicado oficial da Nowo, até lá só serão especulações.A Altice Portugal é um produto apetecível porque gera imenso lucro e teve um Boom fantástico reconhecido internacionalmente. O mérito da casa mãe que investiu muito e está a ter retorno.

Está é a capacidade que Altice tem para investir no seu modelo negócio. Não me parece que um fundo seja um mau acionista e que tenha mais capacidade de investir que um parceiro industrial como Altice.

“ A pressionar o grupo Altice está o facto de a agência de notação financeira Moody's ter cortado a avaliação de crédito da Altice France de B3 para Caa2, ficando apenas três níveis acima da notação “C”, que classifica as empresas em incumprimento e cuja dívida apresenta baixas perspetivas de recuperação.

A notação de Caa2 atribuída na quarta-feira, 28 de março, à subsidiária da Altice para o negócio francês aplica-se a empresas cujas obrigações “estão sujeitas a crédito de risco muito alto”, segundo a tabela da Moody's.”

Aqui um fundo de investimento consegue obter lucro mais elevado alavancado num serviço de dívida mais barato.

https://leitor.jornaleconomico.pt/noticia/drahi-prolonga-prazo-para-propostas-pela-altice-portugal
 
Para além das coisas que já sabemos sobre um possível fecho, destaco a parte em que é dito que, quando a AdC oficializar a decisão, a a Vodafone não deverá insistir.

Não parece de todo o relato de uma empresa falida. Parece é que o dono já não acredita no futuro do negócio HFC da empresa e que mais vale não continuar com ele do que vir a acumular prejuízos no futuro
 
O futuro da Nowo passa por um outro comprador pegar na empresa. A Digi deveria pegar na Nowo pois começavam já com uma carteira de clientes à volta dos 390 mil contando fixo e movel juntos. Portanto seria uma boa opção para a Digi,migraria os clientes de HFC para o FTTH e aproveitando a ocasião para vender o cobre, e também migrariam os clientes moveis MVNO para a rede própria.
Ficariam todos a ganhar clientes, fornecedores, colaboradores etc etc etc.
 
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A DIGI anda a vender em Espanha para investir, tenho as minhas dúvidas que vá gastar dinheiro numa empresa que nem rede móvel própria tem e continuo a achar que seria matar concorrência, porque o efeito preço teria de ser colocado em questão também
 
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