A Indústria dos Videojogos - Tópico Geral (notícias, artigos, opiniões, análises)

Muito possivelmente significa que a aposta nos próximos anos da Ready at Dawn será VR gaming que é o business que a Facebook gaming está mais envolvida.
 
Será este o princípio do fim do modelo atual das loot boxes (um dos grandes cancros desta indústria)?

https://www.bbc.com/news/technology-53253195

Isto é algo que eu adorava que fosse para a frente. Odeio este modelo de negócio.
Ainda hoje estava a ver um vídeo no youtube do DaTruthDT, no jogo do Dragon Ball Dokkan Battle, onde apenas conseguiu "sacar" 1 vez a personagem nova e já gastou mais de 8.5k de stones. Penso que o preço são de cerca de 40/50€ por 90 stones. Façam os cálculos...
 
Isto é algo que eu adorava que fosse para a frente. Odeio este modelo de negócio.
Ainda hoje estava a ver um vídeo no youtube do DaTruthDT, no jogo do Dragon Ball Dokkan Battle, onde apenas conseguiu "sacar" 1 vez a personagem nova e já gastou mais de 8.5k de stones. Penso que o preço são de cerca de 40/50€ por 90 stones. Façam os cálculos...

É graças a idiotas como ele que se podem dar ao luxo de queimar dinheiro (mais valia doar esses $$ a uma instituição de caridade) em loot boxes, que as editoras continuam a abusar.
Se todos os jogadores fizessem boicote a estas práticas, as editoras há muito que teriam mudado de atitude.
 
todos os gacha games são assim...o Dokkan, o Fate Go e o 7ds Grande Cross por exemplo funcionam todos À base dos pulls e de obteres unidades ao calhas

neste tipo de jogos é um pouco indiferente..os jogos são de borla e só gastas se quiseres, e como são de borla o dinheiro tem de vir de algum lado

agora jogos que compras e depois tens de andar a gastar dinheiro em season pass e packs do fifa e afins isso sim é ridiculo
 
Isto é assunto que me passa completamente ao lado.

Em jogos de jeito, lootboxes são apenas para artigos cosméticos que não têm qualquer influência no jogo. Por mim sem problema, só gasta dinheiro quem quer.
Nas situações em que estes mecanismos interferem com as mecânicas do jogo simplesmente não toco nesses jogos, é muito simples.
 
Se acabarem as lootboxes eles encontram outra forma de fazer a mesma coisa.

Enquanto for permitido monetizar jogos de forma descontrolada, apenas sob o argumento do "só gasta quem quer" vai existir sempre maneira de inventar novos tipos de "loot boxes".

Pessoalmente sou contra todo e qualquer conteúdo bloqueado atrás de paywalls sem qualquer forma significativa de o obter através de tempo de jogo (ou quando precisa de anos de jogo para ser desbloquado).

Sou de um tempo em que conteúdo adicional se desbloqueava através de conceitos como completar o jogo ou certas "milestones" dentro do mesmo. Agora o conteúdo é retirado antes mesmo do jogo sair de forma a ser vendido em separado e gerar mais dinheiro. Depois acabamos com casos como o Train Simulator e os seus dlc por uns míseros 8000 e tal euros. É verdade que só compra quem quer, mas não deixa de ser ridículo.
 
Estás a misturar muita coisa ao mesmo tempo.
O problema são DLCs, Lootboxes ou todo o conteúdo bloqueado após pagamento?

Quando um jogo é lançado é possível saber o que contém, como funciona e o que é pago ou não. Cabe a cada um saber se o que está a comprar vale, para si, o valor que está a pagar.
Se depois há 1, 2, 5, 50, 1000 DLCs, mais uma vez cada um sabe se vale a pena serem adquiridos ou não.

Todo e qualquer conteúdo ser desbloqueável via tempo de jogo é impossível no caso de jogos gratuitos. Como é suposto o investimento e os custos com servidores serem pagos? Tem de ser com lootboxes/seasons para desbloquear tretas cosméticas e ou subscrições, não há hipótese. Mais uma vez, cabe a cada um decidir se os quer jogar ou não.
 
Com o tempo passei a ser mais exigente com a remuneração do meu tempo de lazer (e como eu, muitos outros, certamente). Peguei recentemente no Fortnite para jogar com o meu sobrinho e comecei a jogar mais frequentemente. Acabei por comprar o Season Pass da temporada anterior à actual porque o tema me agradou, as skins também. Joguei talvez umas 70 horas no total durante essa season. Para um investimento de €10,00 acho que compensou. Por outro lado, conheço muita gente que não a pagou e jogou o mesmo conteúdo que eu. Acumulei V-Bucks durante a season e agora tenho o suficiente para o próximo Battle Pass, mas não sei se o vou comprar, vai depender de quanto conteúdo estará disponível, e de eu gostar desse conteúdo.

Tive a mesma abordagem ao HearthStone há uns anos. Comprei as expansões com conteúdos single-player e diverti-me muito com elas. Não tinha que o fazer, mas para mim o jogo em modo single-player tornou-se atractivo. Entretanto deixei de jogar mas retirei "rendimento" do dinheiro que lá gastei.

São jogos gratuitos, apresentaram-me conteúdo que achei que justificava, e dei-lhes dinheiro a ganhar. Nada de errado nisso. Num caso era cosmético, no outro era conteúdo jogável. A diferença disto para as loot boxes é gigante e não se pode tratar da mesma forma o que é diferente, de facto as loot boxes são aparentadas de jogos de fortuna e azar, e por isso sou plenamente a favor do seu tratamento como tal.
 
Estás a misturar muita coisa ao mesmo tempo.
O problema são DLCs, Lootboxes ou todo o conteúdo bloqueado após pagamento?

Para mim o problema é quase todo o conteúdo que necessita de pagamento extra. Os motivos nem sempre são os mesmos, mas quase todos os métodos teem um problema associado.

Exemplo: Não tenho nada contra um DLC, quando este adiciona realmente algum conteúdo significativo ao jogo. Mas não quando o conteúdo é claramente retirado do jogo original para ser vendido depois. Os season passes é isto, conteúdo planeado e. muitas vezes até já feito, que é cobrado á parte.


Quando um jogo é lançado é possível saber o que contém, como funciona e o que é pago ou não. Cabe a cada um saber se o que está a comprar vale, para si, o valor que está a pagar.
Se depois há 1, 2, 5, 50, 1000 DLCs, mais uma vez cada um sabe se vale a pena serem adquiridos ou não.

Claro que é possível. É isso que me chateia mais. Ver jogos incompletos com o claro propósito de te ser vendido o resto separadamente. Eu sei que cada um decide se vai gastar ou não, mas isso não faz com que a prática seja menos errada.

Todo e qualquer conteúdo ser desbloqueável via tempo de jogo é impossível no caso de jogos gratuitos. Como é suposto o investimento e os custos com servidores serem pagos? Tem de ser com lootboxes/seasons para desbloquear tretas cosméticas e ou subscrições, não há hipótese. Mais uma vez, cabe a cada um decidir se os quer jogar ou não.

Jogos free são um caso á parte, e obviamente precisam dos dlc para sobreviver. Mas mesmo aí tens bons e maus exemplos de como fazer as coisas.
 
A diferença disto para as loot boxes é gigante e não se pode tratar da mesma forma o que é diferente, de facto as loot boxes são aparentadas de jogos de fortuna e azar, e por isso sou plenamente a favor do seu tratamento como tal.

Sim, já é tempo das entidades competentes actuarem. Ainda por cima numa área que afecta directamente jovens e crianças.

Quanto ao resto, o que é um jogo incompleto? Cada um sabe de si e ninguém pode limitar o que é vendido como DLCs. Somos nós enquanto consumidores que decidimos se algo vale a pena ou não.
Se te sentes queimado por uma determinado estúdio é simples, não voltar a comprar nada deles até te sentires confortável.

O que não faltam é alternativas para jogar, felizmente.
 
Consideram aqueles blindbags de brinquedos ou até saquetas dos jogos de cartas, uma forma de "jogos de apostas"? Devia ser proibido vender a menores?

Os jogos que usam esse sistema permite ao jogador transaccionar posteriormente aquilo que ganham?
Há possibilidade de fazer mais dinheiro com o dinheiro gasto nessas loots?
Um jogo de apostas pressupõe investir um valor pela possibilidade de ganhar mais do que se investiu (basta que seja revelada a probabilidade de ganho).

Poderá o Steam estar a monopolizar o tempo dos jogadores ao permitir que vendam as cartas associadas aos jogos (que são obtidas de forma aleatória), pelo valor que quiserem (mesmo que na maioria por alguns centimos)?
Valor esse que fica preso em carteira Steam e é usado para adquirir mais jogos e assim alimentar o ciclo?
Só vende quem quer? Ou devia o sistema ser abolido?
Afinal tempo é algo que não se pode recuperar.

Nunca gastei dinheiro nestas coisas, lá está, porque não quero, mas é um tema interessante porque me parece haver uma influência directa nos hábitos de consumo.
Está aqui uma dissertação sobre isso, já agora.
 
Consideram aqueles blindbags de brinquedos ou até saquetas dos jogos de cartas, uma forma de "jogos de apostas"? Devia ser proibido vender a menores?

Os jogos que usam esse sistema permite ao jogador transaccionar posteriormente aquilo que ganham?
Há possibilidade de fazer mais dinheiro com o dinheiro gasto nessas loots?
Um jogo de apostas pressupõe investir um valor pela possibilidade de ganhar mais do que se investiu (basta que seja revelada a probabilidade de ganho).

Poderá o Steam estar a monopolizar o tempo dos jogadores ao permitir que vendam as cartas associadas aos jogos (que são obtidas de forma aleatória), pelo valor que quiserem (mesmo que na maioria por alguns centimos)?
Valor esse que fica preso em carteira Steam e é usado para adquirir mais jogos e assim alimentar o ciclo?
Só vende quem quer? Ou devia o sistema ser abolido?
Afinal tempo é algo que não se pode recuperar.

Nunca gastei dinheiro nestas coisas, lá está, porque não quero, mas é um tema interessante porque me parece haver uma influência directa nos hábitos de consumo.
Está aqui uma dissertação sobre isso, já agora.

São vários os pontos que vale a pena discutir. Até concordo com a maioria dos argumentos. Existem mercados paralelos de cromos onde é possível transaccionar individualmente, por exemplo.
Não tenho resposta, só sei que me sinto à vontade com cromos mas lootboxes institivamente não. Faz sentido, nem por isso.

Eventualmente a resposta, como sempre, tem a ver com a responsabilidade de parentalidade. São os pais/tutores que têm de garantir que os putos não têm acesso a dinheiro para comprar indiscriminadamente este tipo de "produtos" e regular quando têm e em que plataformas.
 
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