TDT - Tópico Oficial

Até para quem não vê tv os canais são a pagar. A TDT não é gratuita. Todos são obrigados a pagar a taxa na conta da luz todos os meses.
A taxa ( contribuição audiovisual) que pagamos na fatura da electricidade todos os meses é para financiar a RTP ( canais de TV, rádios e multimédia) não é para financiar a TDT e muito menos as estações de televisão privadas SIC e TVI.
Que fique claro.
 
Mas podemos fazer o seguinte exercício @nipnip: se não houvesse TDT, não haveria esse custo com sucessivas alterações contratuais da parte do Estado. Logo, a TDT tem um custo para os contribuintes que sai do OE (tudo sai do OE, mesmo as contas positivas do regulador entram e saem do OE).
De resto essa alteração permitiu o encaixe de quase 600 milhões de euros ao estado e mais uns milhões anualmente em taxas e afins.
600 milhões é indireto e não é só com essa frequência. Além disso, não é pago pela Altice. Todos os países da Europa estão a ter ganhos com isso. São temas diferentes.
 
Última edição:
@RRJoao sim é indireto, mas mesmo que olhemos apenas para a banda dos 700 MHz só aqui foram quase 100 milhões (paga várias vezes a alteração da TDT, e permitiu um encaixe superior de valor nas outras bandas que sairiam desvalorizadas se não fosse possível disponibilizar os 700MHz).

Portanto continuo na minha, dizer que a Tdt custa dinheiro dos nosso impostos é no mínimo impreciso).

Não percebi o que não é pago pela Altice, o que toca à TDT a Altice tinha uma concessão, e o regulador alterou os termos dessa concessão, levando a custos por parte da Altice. Sem discutir o valor, que sinceramente não sei se é adequado ou não, parece-me que quem impõe unilateralmente a alteração tenha que compensar o custo dessa imposição.
 

Media Capital quer sair da TDT. SIC e RTP defendem preços mais baixos​

CEO da Media Capital diz não ter interesse em continuar com um serviço que "sabe estar desatualizado". SIC e RTP recusam posições tão vincadas, mas assumem que valor cobrado é demasiado elevado.
img_900x560$2023_05_09_20_26_20_452377.jpg

A Media Capital admitiu que quer sair da Televisão Digital Terrestre (TDT) e defende mesmo o fim do serviço, apontando que os meios de comunicações gastam um valor demasiado alto para servir "150 mil pessoas". A posição foi defendida pelo CEO do grupo, Pedro Morais Leitão, durante o 32.º Congresso da APDC.

"Devíamos pensar o que estamos a fazer na TDT, estes três operadores gastam oito milhões por ano para transmitir para 150 mil pessoas. Há 20 maneiras melhores [de o fazer]. Sugerimos acabar com a TDT", afirmou, durante o painel sobre o "Estado da Nação dos Media". O responsável pela dona da TVI diz que o tema tem vindo a ser discutido há um ano e que "há pouco interesse de todas as diferentes partes em renovar a TDT, mas quase uma inevitabilidade de o fazer".

A renovação da licença TDT termina no final deste ano, sendo que a Altice Portugal já pediu a renovação da licença da mesma.

O responsável pela dona da TVI assume "não ter interesse em continuar com um serviço que sabe estar desatualizado" e defende o recurso à Tarifa Social da Internet. "Se o objetivo é servir com vídeo 150 mil lares, usemos a internet para servir a essas pessoas", disse.

Da parte dos líderes do grupo Impresa e da RTP, Francisco Pedro Balsemão e Nicolau Santos, a posição é diferente, mas ambos assumem que o valor pago é demasiado elevado. "Não é possível fazê-lo, mas achamos que pagamos demais por aquilo que é o nosso retorno. Temos que pagar menos e isto merece uma discussão mais alargada", afirmou o dono da SIC e do Expresso.

O responsável pela RTP, estação pública, recusou comentar diretamente o tema, mas assume "que o custo é excessivo", admitindo que existam "outras maneiras que saem mais baratas a toda a gente".

Em declarações à margem do evento, Franscisco Pedro Balsemão reconheceu que "a TDT tem vindo a perder relevância" e disse estar disponível para uma conversa mais profunda sobre o tema.

"É difícil falar sobre algo que está legislado, por isso qualquer resposta minha seria especulativa, mas estamos disponíveis para participar numa discussão alargada", frisou.

Grupo Impresa disponível para parceria no streaming
O presidente da RTP sugeriu durante o painel que os operadores poderiam ter maior capacidade de concorrer contra as plataformas de streaming caso se juntassem e a possibilidade foi bem recebida por parte do Grupo Impresa. "A Opto está disponível para falar convosco", disse Francisco Balsemão.

Em declarações ao Negócios, o dono de marcas como a SIC e o Expresso disse que a resposta - que mereceu alguma surpresa da plateia - foi séria. "Lançamos a Opto com o intuito de agregar o maior número de pessoas possível, há exemplos lá fora disto que não correram tão bem quanto isso, mas não podemos achar que aqui também vai falhar. Podemos encontrar outro modelo. A minha resposta é: a Opto está disponível para albergar conteúdos de terceiros", reiterou, apontand que, obviamente, isso carece de uma negociação.

Empresários apontam concorrência desleal
A opinião é unânime: há concorrência desleal com gigantes como a Google. "Existe hoje em dia uma enorme fragmentação e compete-nos a nós encontrar caminhos para estar onde estão também esses consumidores, de forma a que consigam receber os conteúdos. Há alguma injustiça que leva a uma concorrência desleal com plataformas como a Google", afirmou Francisco Balsemão. Uma posição também defendida pelo presidente da RTP, que diz que os operadores tradicionais estão a perder receitas, correndo o risco de "pouco a pouco entrar numa espiral de irrelevância".

Para o CEO da Media Capital, Morais Leitão, isto combate-se com "parcerias". "A Google tem uma dimensão no mercado português e mundial que é desproporcionada com o mercado que atua (...) o antídoto é fazer parcerias, não adianta competir", afirmou.

Fonte:https://www.jornaldenegocios.pt/emp...-da-tdt-sic-e-rtp-defendem-precos-mais-baixos
 
Este processo da TDT demonstra bem o estado em que se encontra o país. Os operadores de telecomunicações dominam o sistema a seu belo prazer.
 
O mercado não teve interesse ou capacidade de investir na TDT, e o regulador e o legislador não fizeram nada para a tornar atrativa ou entrar com uma oferta variada de serviço público.

Mas também não tenho especial afeto pelos moldes atuais da TDT. Se a Media Capital prefere pagar a instalação de um serviço coaxial, fibra, ou satélite que forneça os canais da atual TDT em qualquer casa que o peça, gratuitamente, para mim tanto melhor. Acabar com a TV universal e gratuita/sem subscrição é que não concordo. O que interessa é o acesso, como o entrega não me interessa muito.
 
Back
Topo